Retratos analógicos em prata e cor: rostos, corpos e bichos revelados em filme entre becos, feiras e festivais pelo mundão
Nesta era digital, voltar ao retrato em filme é desacelerar o olhar. Aqui, compartilho imagens de corpos e rostos que atravessaram minha lente entre 2009 e 2017
Fazer retratos em filme é desacelerar o olhar. Ao contrário da lógica imediatista do digital, cada clique é um compromisso. Não dá pra ver na hora. Não dá pra corrigir depois. Só resta confiar no que se sentiu no momento do disparo.
Entre 2009 e 2017, fiz retratos com diferentes câmeras e filmes, sempre movido pelo desejo de preservar um instante de verdade. Não necessariamente a “verdade objetiva”, mas aquela que se sente no calor do momento: uma troca de olhares, um gesto, uma cena inesperada.
Tem os amigos Alexandre Ottoni e Deive Pazos do Jovem Nerd apresentando miniaturas de senhor dos anéis para o engenheiro de software Lucas Radaelli, que também aparece em outro retrato com seu saudoso cão-guia Timmy,.
O menino no asfalto, com pipa 🪁 na mão, tem a força da infância periférica. O senhor da feira, sentado entre amuletos e espelhos, parece saído de outra era. O homem na calçada, acendendo o cachimbo pra fumar pedra (cocaína/crack), registra o que a cidade normalmente apaga. Há uma mulher com óculos vermelhos e um rottweiler feliz ao lado, uma cena de domingo. Fabio Yabu, desenhista, segurando sua princesa do mar, concentrado no próprio mundo.
Tem cachorro também, claro. Um saudoso bulldog francês ofegante, língua pra fora, olhando direto pra lente. Tem dupla exposição com flores cobrindo meu rosto sorridente — um experimento visual e poético. E tem um casal em estilo hippie, com guarda-sóis e colares, numa festa de rua em San Francisco, Califórnia, sorrindo como quem sabe que o tempo não volta.
Esses retratos são fragmentos. Não de grandes eventos, mas de presenças. Gente, bicho, objeto. Tudo ali, frente à lente, e agora frente ao seu olhar.
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Já tenho minhas preferidas <3
cê manja demais... desacelerar, ver menos, ver devagar, ver melhor, numa era de excesso de conteúdo.