NY em preto e branco ortocromático (só capta luz azul e verde): filme Ferrania Orto ISO 50 em Minolta AL (1961)
Capturando a essência urbana de Nova York com a clássica Minolta AL e o filme ortocromático Ferrania Orto ISO 50, sobre-exposto para ISO 100 e revelado em ISO 50. Destacando contraste e texturas.
Filmes ortocromáticos capturam apenas a luz azul e verde, tornando tons vermelhos mais escuros e afetando a reprodução de tons de pele. Em contraste, os filmes pancromáticos capturam uma gama mais ampla do espectro de luz, oferecendo uma imagem mais próxima do que o olho humano enxerga em tons de cinza.
O filme Ferrania Orto 50 destaca-se por sua composição química rica em prata, o que garante alta nitidez e baixo grão, favorecendo o contraste nas imagens. Ele usa uma emulsão ortocromática, sensível apenas a azuis e verdes, mas “cega” ao vermelho. Essa característica, típica de filmes ortocromáticos clássicos, remete aos primeiros tempos do cinema, quando a maquiagem azul era usada para corrigir tons de pele inadequados. Além disso, a Ferrania evita compartilhar datasheets detalhados, mantendo os elementos químicos específicos como um mistério para os fotógrafos
Explorar Nova York com uma Minolta AL em mãos e o filme Ferrania Orto ISO 50 foi uma viagem visual que me permitiu enxergar a cidade sob um novo olhar. Este filme ortocromático, conhecido por sua sensibilidade diferenciada à luz, realça o contraste e as sombras das ruas de NYC, destacando a estética crua e urbana que só um filme analógico consegue capturar.
O Ferrania Orto ISO 50, originalmente feito para ser utilizado em baixa sensibilidade, foi intencionalmente batido a ISO 100, criando nuances únicas nas imagens. Revelado novamente a ISO 50, ele garantiu um equilíbrio de contraste forte, sem perder detalhes nas áreas mais escuras. A textura granosa e o preto intenso característico do filme ortocromático trouxeram vida aos elementos gráficos da cidade, desde o grafite nas paredes até os tons monocromáticos do vestuário urbano.
A adoção de filmes pancromáticos na fotografia e cinema foi uma mudança significativa. Inicialmente, cineastas usavam filtros e maquiagem para ajustar a aparência em filmes ortocromáticos, já que tons de pele e roupas tinham uma reprodução inconsistente. Com o desenvolvimento dos filmes pancromáticos, o setor de maquiagem passou a adaptar produtos específicos para esse novo padrão, contribuindo para a criação da linha de maquiagem Panstik, desenvolvida por Max Factor.
Hoje, além de filmes ortocromáticos e pancromáticos, existem variações como filmes sensíveis a raios infravermelhos, azul e vermelho. O termo “monocromático” é usado para descrever filmes que apresentam uma única cor, geralmente em tons de cinza, mas pode incluir variações em magenta, ciano ou outros. Esses tipos de filmes proporcionam uma diversidade de escolhas para fotógrafos que buscam diferentes efeitos visuais em suas imagens.
Com essas imagens, busquei retratar a interseção entre o estilo urbano e a energia intensa das ruas de Nova York. Cada clique com a Olympus 35 DC representa um fragmento de uma cidade que nunca para, onde cada esquina revela histórias visuais que a lente digital dificilmente captaria com o mesmo impacto.
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Câmera Minola AL e filme Ferrania Orto ISO 50@100@50.
Muuito bom. E incluir texto ficou sensacional a imersão.